Onde fica

O Arco-íris situa-se na Praceta Domingos de Castro, nº 4 A, em Albarraque. Esta praceta está localizada a meio da Rua António Gaspar.

sábado, 27 de setembro de 2014

PENSAMENTO



NO MEIO É QUE ESTÁ A VIRTUDE

Hoje tive uma conversa com uma pessoa amiga que me levou a meditar sobre o ditado popular: “NO MEIO É QUE ESTÁ A VIRTUDE”. Transcrevo alguns pontos dessa conversa para me poderem seguir:
(….)
EU: Que esperavas? Eu sou assim
PESSOA: És e não és...
(….)
EU: Isso é uma grande responsabilidade
PESSOA: não... e sim! É o resultado da coerência.
EU: E diz-me. Tu hoje estás dual ou complementar quando te referes sempre aos dois opostos?
PESSOA: Eu estou pelos meios e não pelos extremos.
EU: Não te esqueças que só quando chegas a um extremo, consegues depois ir para o outro. Já lá vai o tempo em que se dizia que <NO MEIO ESTÁ A VIRTUDE>. Isto talvez se aplique em determinadas coisas, mas não na vida e na postura perante ela.
(….)

E quando cheguei a esta parte da conversa, parei…
E escutei-me…
Estaria eu a dizer algo acertado?
E meditei sobre tão famoso provérbio.

A verdade é que considerando o ritmo natural da vida e de tudo o que existe, baseado no ciclo Yin/Yang, estamos sempre a alternar entre um extremo e outro. Só quando chegamos a um deles conseguimos atravessar para o oposto.
Claro que podiamos pensar que quando estão os dois em equilibrio (o tal meio) seria o ideal. Mas se não estamos estagnados, pois a Vida é constante mudança, então como está a virtude no meio? É bom mudar, certo? É bom morrer e renascer vezes sem conta. Verdade?

O tempo que permanecemos no meio é tão pouco que acaba por não ser nenhuma virtude.

Por outro lado, se “o que está em cima é igual ao que está em baixo” e “o que está fora é igual ao que está dentro”, então como é que há um meio?

E enquanto entregue a estas questões, veio a resposta:

 
“Tudo acontece tal  e qual como dizes, mas para que tudo funcione em complementaridade é necessário que estejas centrada em ti, no teu coração, para que tudo o que ocorra em ti e à tua volta seja pura aprendizagem e não ansiedade, dor, tristeza….
A virtude não é mais do que o teu coração, e o meio é o teu centramento.”

E assim fez sentido. E posso continuar a dizer que NO MEIO É QUE ESTÁ A VIRTUDE porque entendi a abrangência, a complementaridade, a unicidade de tais palavras que transcendem todo o peso e conotação que o ser humano ao longo de gerações tem colocado neste ditado.

Ou talvez tenha sido eu, que só agora entendi….

Um xi-coração das cores do arco-íris
Helena




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